Relação Mãe e Filho

Uma Verdadeira História de Amor

Pensar sobre os profundos sentimentos existentes na Relação Mãe – Filho, é pensar acima de tudo “a idéia do ser mãe e a tarefa de ser mãe”; é constantemente a busca do ser que responsabiliza-se por ir além do ato de gerar: a ela  é incumbida a tarefa de possibilitar aos filhos a condição de serem seres geradores, produtores, inteligentes, bonitos, criativos, imaginativos, portadores de novas ideias, de novos conhecimentos, de novos sentimentos, de novas ações…

A Relação Mãe Filho é acima de tudo uma relação de puro amor. O amor incondicional. Talvez por isso jamais entre Mãe e Filho exista lugar para a indiferença, a intolerância, a falta de afeto… Dentro de cada mãe há a contínua possibilidade do outro (filho) tornar-se: tornar-se virtuoso e capaz de atingir aquilo que deve ser a finalidade do homem (humanidade): capaz de atingir a felicidade. Toda e qualquer mãe, por melhor ou pior que ela seja, no fundo de seu coração, no mais íntimo de seu ser o que ela realmente quer é que seu filho seja feliz. Qual mãe não deseja isso para o seu filho amado?

No dia-a-dia a Relação Mãe – Filho provoca um certo encantamento que é da própria relação íntima que consequentemente, só é vivenciada entre mãe e filho. No início não há nenhum terceiro que consiga invadir este terreno de amor que só as mães são capazes produzir e sentir. Para amar um filho é preciso antes de tudo ser mãe, mas para ser MÃE é preciso antes de tudo AMAR. Esta experiência consciente destes laços produz o sentimento de que sua vida está espalhada sobre gerações o que acaba por lhe trazer um profundo sentimento de imortalidade.

A vida da mulher é inteiramente diferente da dos homens. 0 homem permanece o mesmo, do dia de seu nascimento ao seu declínio. Ele é o mesmo, independentemente de ter amado uma ou várias vezes; de ter sido amado uma ou várias vezes. No dia em que uma mulher conhece o primeiro amor, sua vida se rompe em duas partes e nunca mais será a mesma. Nesse dia ela se torna outra. Ou seja, depois do primeiro amor, o homem é igual ao que ele era antes; a mulher é, a partir do dia do seu primeiro amor, uma outra. É assim durante toda a sua vida.

0 homem passa uma noite junto a uma mulher, e depois ele se vai: sua vida e seu corpo são sempre iguais. A mulher concebe: como mãe ela é diferente da mulher sem filhos. Daquele instante em diante, ela traz no seu corpo durante nove meses a sequência daquela noite. Algo cresce na sua vida para depois dela se destacar, mas dela não desaparecerá jamais, pois ela se tornou mãe. Ela é e permanecerá mãe, mesmo que por uma razão ou outra os filhos morrerem. Antes, ela trouxe o filho sob seu coração. Mais tarde, quando ele nasce, ela o traz no seu coração. E de seu coração ele não sairá mais. Mesmo se ele morre. Ser mãe é sentir e viver em plenitude. É sim o paraíso.

Tudo isso o homem não conhece; ele não sabe. Ele não conhece a diferença que há entre “antes do amor” e “depois do amor”, antes da maternidade e depois da maternidade. Ele não pode saber nada sobre isso. Só uma mulher pode sabê-lo e disso falar. Mesmo assim, só outra mãe a entenderá e compreenderá. Esta é a grandeza e a profundidade do mais puro e verdadeiro amor. O Amor Incondicional que só existe na Relação Mãe – Filho.

Texto produzido por:

Odenite Cardeal de Magalhães

 

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