Ah o Casamento!
Qual a donzela que não sonha com seu príncipe encantado? O príncipe que não sonha com sua donzela?!
Qual a Rainha que depois de algum tempo não queira retornar aos seus dias de donzela? Ah! O Rei não pretende “nunca” deixar o seu reinado. Isto já é outra história.
Sim, quem não é casado quer chegar até lá. Quem já está casado tem na verdade “mil e um” pensamentos úteis e inúteis na cabeça: Há aqueles que amam de paixão a vida de casado e vive intensamente como se a vida fosse uma eterna “Lua de Mel” – Parabéns para estes. Há aqueles que depois de um curto espaço de tempo pensam não ter feito a escolha certa ou percebem que o casamento não está sendo nada do que acreditavam ser a “Vida de Casado”. Aparecem aqui os conflitos, as ansiedades, as angústias, e como se não bastasse, há o desrespeito um com o outro. Ou seja, as diferenças que antes eram as “Mil Maravilhas” e o principal motivo para realizar o tão esperado casamento, passa a ser um tormento e motivo suficiente para quase todos os arrependimentos – Um “exige”, “impõe” que o outro seja igual a si próprio desde o ato de pensar ao ato agir. Esta carga de exigência no casamento acaba resultando numa bela construção de um processo depressivo e deixando que a depressão e o estresse tomem conta. Assim, o resultado final acaba sendo uma separação conjugal (o que seria o mais saudável). Caso isso não venha a acontecer o casal vai se suportando, os filhos aparecem, o ciúme e a arrogância tomam conta e então o casal fica totalmente doente. Quando chegam neste estágio e conseguem perceber, encontram dentro de si um meio de se ajudarem e buscam logo a seguir uma ajuda profissional. Os que não percebem, infelizmente ficam se massacrando cada vez mais. Muitas vezes acreditam realmente que o casamento tem que ser um pé de guerra constante. Geralmente (há exceções) o homem é que acredita que sua esposa tem que ser sua empregada e escrava de luxo e ela, que também acredita que tem que ser assim, simplesmente concorda. Por motivos inconscientes ou não estão sempre provocando e se provocando um pé de guerra. A corrente segue adiante. Ou seja, os filhos desta relação acreditam que isso é amor e assim continuam seus destinos. Até que “um dia” alguém poderá quebrar essa corrente, pois ela vai se tornando insustentável.
Ah! A “Vida de Casados”! Por que tudo não pode ser como no começo? Ninguém era de ninguém e a paixão era desenfreada, apaixonada, romântica, um verdadeiro paraíso de alegria, contentamento e felicidade. Porque num curto ou longo espaço de tempo tudo pode se tornar tão ruim para alguns?!…
Ah! O Casamento! Quem não está dentro quer entrar. Quem está dentro muitas vezes pensa em quanto era bom quando estava fora!…Outros poucos não suportam a pressão e a responsabilidade e claro, pula fora antes que tudo fique ainda pior.
Claro que não sou a favor da separação a menos que ela seja realmente necessária e de comum acordo. O Casamento muitas vezes não tem nada a ver com Amor, Respeito e Intimidade. Algumas vezes é apenas uma fachada, ainda como antigamente, ou seja, no início quando foi instituída a “lei do casamento”, onde a mulher era infelizmente uma moeda de troca, o homem que a comprava passava a ser seu dono e ela, claro, sua propriedade. O Amor, o Respeito e a Intimidade (falo aqui da cumplicidade conjugal e não sexual), foram acontecendo ao longo da convivência. Aí sim foi a Mulher quem foi suavizando o relacionamento e mostrando um outro lado dela que não era permitido. Quer dizer, a Vontade própria, tal como vemos em alguns contos de fadas onde a princesa sonha com o príncipe que não era o que lhe haviam destinado…
Assim, término perguntando. O que é o casamento hoje para você?!
Abraços
Texto produzido por:
Odenite Cardeal de Magalhães